domingo, 18 de julho de 2010

" CINEMA MUDO "


Desde o início, inventores e produtores tentaram casar a imagem com um som sincronizado. Mas nenhuma técnica deu certo até a década de 20.

Assim sendo, durante 30 anos os filmes eram praticamente silenciosos sendo acompanhados muitas vezes de música ao vivo, outras vezes de efeitos especiais
e narração e diálogos escritos presentes entre cenas.

Desenvolvimento E Negócio

O ilusionista francês, Georges Méliès começou a exibir filmes em 1896,
quando ganhou uma "filmadora". Ele foi pioneiro em alguns efeitos especiais.



Seu filme "Le Voyage dans la Lune" (ou "Viagem à Lua") de apenas 14 minutos foi o primeiro a tratar sobre o assunto de alienígenas.
Edwin S. Porter que se tornou camaraman de Thomas Edison usou pela pirmeira vez a técnica de edição de imagens. Em seu filme "Life of an American Fireman" de 1903 é possível ver duas imagens diferentes mas que ocorreram simultâneamente, a visão de uma mulher sendo resgatada por um bombeiro e a mesma cena
com a visão do bombeiro resgatando a mulher.

Em "The Great Train Robbery" (1903),

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um dos primeiros westerns do cinema, o grande legado foi o "cross-cutting" com imagens simultâneas em diferentes lugares. Mas o mais importante em Porter, foi que o final do filme "The Great Train Robbery" teve que ser mudado, por motivos morais e éticos, visto que originalmente os bandidos se saiam bem no final, o que passava uma idéia de impunidade ao povo, se mostrava a partir dai, um cinema "educador".



O desenvolvimento de filmes fez crescer os nickelodeons, pequenos lugares de exibição de filmes onde se pagava o ingresso de 1 nickel.Onde se juntavam uma grande quantidade de pessoas, chamando a atenção da elite para o poder de influencia daquelas exibições. O filmes também começaram a crescer em duração.
Antes um filme durava de 10 a 15 minutos.

Em 1906, o filme australiano "The Story of the Kelly Gang"



tinha 70 minutos sendo lembrado até hoje como o primeiro longa metragem da história do cinema. Depois do filme australiano, a Europa começou a produzir filmes até mais longos: "Queen Elizabeth" (filme francês de 1912), "Quo Vadis?" (filme italiano de 1913) e "Cabiria" (filme italiano de 1914, este último com 123 minutos de duração.
Pelo lado americano, o diretor D. W. Griffith conseguia destaque.
Seu filme, "The Birth of a Nation" (ou "O Nascimento de uma nação") de 1915, foi considerado um dos filmes mais populares da época do cinema mudo,


causou polêmica porque foi mal-interpretado, onde um simples retrato da sociedade americana foi considerado uma glorificação da escravatura, segregação racial e promoção do aparecimento da Ku Klux Klan e Intolerance (1916) já "Intolerance: Love's Struggle Throughout the Ages" (ou "Intolerância") é considerado uma das grandes obras do cinema mudo, apesar da grande massa nao ter entendido a proposta de quatro historias simultaneas, achando o filme muito confuso.
Em 1907, os irmãos Lafitte criaram os filmes de arte na França com a intenção de levar as classes mais altas ao cinema já que estes pensavam ser o cinema para classes menos educadas.

HOLLYWOOD



Até esta época, Itália e França tinham o cinema mais popular e poderoso do mundo
mas com a Primeira Guerra Mundial, a indústria européia de cinema foi arrasada.
Os Eua começaram a destacar-se no mundo do cinema fazendo e importando diversos filmes. Thomas Edison tentou tomar o controle dos direitos sobre a exploração do cinematógrafo. Alguns produtores independentes emigraram de Nova York à costa oeste em pequeno povoado chamado Hollywoodland, graças a Griffith, que já o sugeria.
Lá encontraram condições ideais para rodar: dias ensolarados quase todo ano, diferentes paisagens que puderam servir como locações e quase todos as etnias como, negros, brancos, latinos, indianos, indios orientais e etc, um "banquete" de coadjvantes. Assim nasceu a chamada "Meca do Cinema", e Hollywood se transformou no mais importante centro da industria cinematográfica do planeta.

Nesta época foram fundados os mais importantes estúdios de cinema
(Fox, Universal, Paramount) controlados por judeus (Daryl Zanuck, Samuel Bronston, Samuel Goldwyn, etc.) que viam o cinema como um negócio.






Lutaram entre si e as vezes para competir melhor, juntaram empresas assim nasceu a 20th Century Fox (da antiga Fox) e Metro Goldwyn Meyer (união dos estúdios de Samuel Goldwyn com Louis Meyer). Os estúdios encontraram diretores e atores e com isso nasceu o "star system", sistema de promoção de estrelas e com isso,
de ideologias e pensamentos de Hollywood.

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Começaram a se destacar nesta época comédias de Charlie Chaplin e Buster Keaton, aventuras de Douglas Fairbanks e romances de Clara Bow. Foi o próprio Charles Chaplin e Douglas Fairbanks junto a Mary Pickford e David Wark Griffith que acabaram criando a United Artist com o motivo de desafiar o poder dos grandes estúdios.

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